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Produtores de Colíder e Nova Canaã do Norte já relatam perdas nas lavouras de soja

Produtores de Colíder e Nova Canaã do Norte já relatam perdas nas lavouras de soja

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Os produtores de Colíder e Nova Canaã do Norte, assim como de muitas regiões de Mato Grosso, principal estado produtor de soja do Brasil, já preveem uma queda na produtividade devido à estiagem. 

O tempo seco em razão da falta de chuvas e altas temperaturas causadas pelo El Niño, já causa perdas financeiras em necessidade do replantio.

Fernando Konkol, produtor rural de Colíder, plantou cerca de 950 hectares de soja. Ele conta que iniciou o plantio no dia 07 de outubro, em cerca de 20% da área e deu um intervalo de 15 dias para voltar a plantar. 

“Plantamos mais 200 hectares e deu um novo intervalo de uns 20 dias para começar a plantar de novo. Foi um plantio longo esse ano, que se estendeu até 27 de novembro. Tivemos que fazer um replantio de cerca de 270 hectares e desses, ainda houve um replantio de 40 hectares. Esse replantio também não vingou e acabamos plantando arroz”, destacou ele.

As perdas na propriedade dele foram mais no lado financeiro, com o replantio. “O que estava ruim a gente passou a niveladora e replantou”, explica. 

Ele destacou que está com uma expectativa boa da lavoura, mas tudo vai depender do clima daqui para a frente. 

“Temos também o prejuízo da safrinha de milho, que queríamos plantar em torno de 500 a 600 hectares e como tivemos que replantar a soja, vai reduzir o plantio de milho”, conta o produtor. 

Fabiano Zilli plantou cerca de 1100 hectares de soja e acredita que as perdas serão inevitáveis. Ele encerrou o plantio no dia 26 de outubro e conta que o início do plantio pegou 21 de sol forte. 

“A gente sofreu bastante mas depois deu uma recuperada. As últimas áreas plantadas foram bem afetadas, estão bem manchadas. No ano passado, nossa produtividade média foi de 80 sacas por hectare e nesse ano, se fechar com 70, vai estar bom”, relata. 

Elias Barbieri, engenheiro agrônomo e gerente das Fazendas RR, em Nova Canaã do Norte destacou que Mato Grosso foi muito penalizado com a falta de chuvas e o plantio ficou desuniforme. 

Na sua lavoura de 2.200 hectares, acredita que a produtividade será bastante afetada. “Na minha visão, teremos aí uma média de 30% de percas na produção. Algumas fazendas vão perder um pouco mais, outras um pouco menos. As chuvas estão muito irregulares”, lamentou ele. 

Fonte: Nortão Online/Angela Fogaça
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